segunda-feira, 10 de maio de 2010

Os Novos Sentimentos do Séc. XXI

Assim como a tecnologia, as relações interpessoais estão se modernizando vertiginosamente, sentimentalismos que víamos antes em crianças ou até mesmo em animais já não são notados entre os adultos ou nos jovens.
Me pergunto por que isso acontece e por que acontece também comigo, que sempre fui um exemplo dos sentimentos aflorados. Talvez seja o próprio desgaste desses sentimentos que nos torna imparciais.
Com essas relações cada vez mais distantes e indiretas, uma aproximação mais íntima perde o valor (às vezes porque este também foi esquecido). Não entendo essa indiferença diante de certas coisas que são extremamente chocantes, esses novos inventores da geração moderna, inventam coisas mas não dão nome aos sentimentos criados por elas, nós deixando confusos no que diz respeito a vida, a empatia e até mesmo ao próprio respeito por nós e pelos outros.
Chego ao consenso de que não há consenso nem bom senso e que nós amantes da língua deveremos pesquisar algumas palavras  para nomear esse sentimentos modernos. Contribuo com a mesclagem de ''Desilusão e cansaço'', que são alguns fatores que nos fazem desistir de coisas antes tão almejadas.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Apontador

APONTAR:
v.t. Assinalar, marcar.
Indicar, mostrando.
Dirigir um objeto para um ponto dado.
Surgir: o sol apontou no horizonte.
Anotar o ponto (a presença, a hora da chegada).
   
DOR:
s.f. Sofrimento físico ou moral; aflição
 
 
 
Todos os dias eles estavam juntos, ótimos amigos com certeza. Estudavam na mesma escola, morava longe um do outro, seus preceitos, conceitos ou feitos eram ainda mais distantes, mas conversavam e se entendiam.
Ela por algum motivo gostava da comodidade de ser agrada com favores sutis. Ele era apenas leal àquela amizade.
Recordo-me que um dos pedidos mais requeridos pela menina era que ele apontasse o seu lápis, um pedido estranho, já que ela dificilmente usava o tal lápis, ela fazia o pedido por um certo prazer que nem mesmo ela sabe explicar.
Ele faltou um dia, faltou dois, uma semana. Ela sentiu a falta dele, em algum desses dias em que ele faltou às aulas, ela esqueceu sua lapiseira e realmente precisou não de um lápis, mas de um apontador e naquele dia ele não estava lá  nem pra lhe emprestar.
Ela decidiu procurar direito em sua bolsa pela lapiseira, porém encontrou um apontador! Aquele apontador devia estar ali esquecido há muito tempo. Ela se levantou e foi apontar seu lápis, percebeu que aquela era uma tafera muito simples e que nunca estava disposta a tentar fazê-la sozinha, mas percebeu também que era capaz de fazer coisas em proporção bem maior.
Uma semana  se passou e ela foi apontar seu lápis de novo e uma supresa muito agradável lhe ocorreu, ele voltou, ela sorriu feliz, ele guardou as suas coisas, pegou seu apontador e foi em direção à ela, explicou que estava viajando porque um de seus familiares estava doente.
E ela percebeu que poderia fazer as coisas sozinha, mas que tudo fica mais interessante quando se tem alguém pra compartilhar.